"As parcerias políticas de um gestor com um possível candidato, ficam trancadas num cofre que só eles sabem o segredo, apenas nas quatro paredes e não saem de lá, num sigilo absoluto entre ambos".



É muito fácil falar, discutir ou até xingar alguém ou grupos em redes sociais e até nas ruas quando se trata de política, porém, é bem visível no olhar, na postura e admiração de cada um dos apoiadores de pré-candidato 'A' ou 'B', haja vista que os que estão do lado de cá são mais viáveis a defender seu gestor do que quem está do outro lado.

Numa cidade, quer seja ela de 2 mil eleitores ou de uma com mais de 100 mil como Parnamirim na região metropolitana de Natal onde o assunto “política” corre solta em “bocas miúdas”, ‘rodas de conversas’ em grupos de WhatsApp, nos órgãos públicos ou até mesmo na rua, numa praça, e etc.

Mas o que interessa na verdade é discutir os principais assuntos que rolam dentro da cidade, principalmente sobre as “possíveis” candidaturas do nome A ou B, mas vale lembrar que os principais nomes são apontados pelo gestor de cada município ou dos poderes legislativos municipais e estaduais, embora a opinião pública se torna muito importante quando se trata de especulações de nomes propícios a uma candidatura, quer seja ela para o executivo ou legislativo.

Na cidade de Parnamirim, alguns nomes já foram citados e bem conhecidos da política estadual, como dos ex-deputados estaduais Gilson Moura e Carlos Augusto Maia, ambos hoje bem atentos as conversas e articulações políticas da cidade, embora, um esteja administrando uma rádio local e estudando possibilidades para voltar ao poder, enquanto outro viabiliza lideranças secretas e espontâneas com um único objetivo, voltar aos padrões outrora vividos na democracia do país, um cargo efetivo eleitoral, mesmo que seja, talvez, por apenas meros 4 anos.

Muita gente discute articulações ao nome do deputado federal Benes Leocádio (Republicanos-RN) para disputar a vaga de governador que hoje está nas mãos de Fátima Bezerra (PT-RN) que decai na popularidade, dia após dia sua rejeição governamental, então novos nomes estão surgindo para a disputa que pode ser acirrada ou não. Outros nomes estão sendo articulados no estado.

Benes tem uma grande aproximação com o prefeito Rosano Taveira, e isso está sendo ótimo para sua articulação política antecipada, principalmente na terceira maior cidade em arrecadação, população e do eleitorado estadual, mas vale lembrar que outros possíveis nomes e lideranças surgem diariamente sem que os cargos comissionados, vereadores e prefeitos das 167 cidades do estado não sabem.

Enquanto uns pensam que o prefeito 'A' vai dar a maior força e agilidade no apoio para os pré-candidatos ao governo ou até para o legislativo potiguar, câmara federal e ao senado federal, se engam completamente, pois as parcerias políticas de um gestor com um possível candidato, ficam trancadas num cofre que só eles sabem o segredo, apenas nas quatro paredes e não saem de lá, num sigilo absoluto entre ambos, nem mesmos filhos, esposas e ninguém mais, pois se vazar uma “vírgula” sequer, pode ser o fim de um planejamento ou projeto descendo num ralo. Tolos são os que acreditam, enquanto eles ficam rindo de si mesmos e de seu povo.

Apesar de nosso Brasil ser um país democrático, a corrupção impera no meio da população, pois não será hoje que os homens deixarão de se corromperem, pois, o poder fala mais alto, o dinheiro fala mais alto, a plateia fala mais alta, os aplausos falam mais alto, e a psicopatia “de alguns”, ficam secretamente guardados em suas consciências.

Nomes como o do ex-vereador e empresário Abidene Salustiano, ex-vereadora e vice-prefeita Elienai Cartaxo, além também da ex-vereadora professora Nilda Cruz são tidos como chacotas, desprezíveis na boca e nas mentes de muitos, embora ambos estejam articulando politicamente seus caminhos de volta ao poder, quer seja no cenário estadual, ou até mesmo no municipal. 

Vale lembrar que estes citados acima, ainda tem um público que os apoiam e até podem mudar os resultados de uma eleição, se no caso, claro, se unirem, coisa que a oposição da cidade de Parnamirim nunca fez, e parece não o fazer em breve. Será?  

Esta incógnita existe faltando desde o rompimento da ex-prefeita Elienai com o prefeito Rosano Taveira nos acréscimos dos 45 minutos do 2º tempo, e o resultado todos já sabiam, se precipitou, embora também quem se decepcionou foi o ex-vereador Abidene que estava contente quando Taveira indicou o seu nome para juntar a chapa-majoritária para as eleições de 2020, voltando atrás escolhendo a chapa vitoriosa, Taveira/Kátia.

Agora, quando se fala na ex-vereadora Nilda, o cenário muda, pois ela tem sido uma pedra no sapato do prefeito Taveira, desde que assumiu a cadeira parlamentar na câmara municipal, pois sempre mostrou as adversidades e descasos com o poder público que a cidade vivia e vive nos dias atuais.

As principais reivindicações de Nilda foram na área da educação, onde ela sempre divulgou através de vídeos em suas redes sociais, pedidos de socorro dos estudantes, dos pais e das comunidades, quer seja nas áreas centrais ou nas periferias, ela sempre esteve protestando, e isso nunca foi e não está sendo bom aos olhos de Taveira. Mas lembre-se, ele está com a máquina pública e o poder "ainda" está em suas mãos. Ainda porque o vislumbre das futuras eleições de 2022 vai respingar para 2024. Não esqueçam!

As questões políticas de uma cidade, sempre envolvem a população, embora o poder está nas mãos do executivo municipal e estadual, além das câmaras municipais e das assembleias legislativas que podem aprovar ou vetar os projetos do executivo.

Quem tem a máquina nas mãos tem todo o poder, isso não é de se negar, pois os gestores têm essa larga vantagem diante da sociedade que os elegem, então, por sorte, ou do destino, eles “os gestores do executivo”, estão articulando nomes e viabilizando as melhores estratégias para se vencer uma eleição, quer seja para o município, estado ou para governar o país.

Numa corrida eleitoral, quer seja para o legislativo ou executivo, sempre vencerá o melhor ou os melhores, mas não se deve esquecer que, apenas a sociedade tem o poder de fazer a melhor ou as melhores escolhas para que um político ou demais possam os representar.

Fotomontagem: Geilson Souto

Por Geilson Souto