Sexualidade *
Se declarar em público está virando rotineiro, ou talvez, possamos dizer que, a pessoa cria-se coragem para encarar a sociedade, sua família, amigos e a religião.
Não é de hoje que vimos situações ou revelações como essa que ocorreu na última quinta-feira, onde o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite se expôs a afirmar que saiu do armário, ou melhor, assumiu sua homossexualidade em público.
O assunto repercutiu em todas as redes sociais e mídias digitais do Brasil, como se fosse algo alarmante, esplendoroso ou até espetacular, não, isso acontece de forma comum nos nossos dias, embora seja, ainda, algo que muita gente esconde por anos de seus amigos e principalmente da família, da igreja nem se fala.
Para muitos o ato que o governador fez foi lindo, digno de aplausos ou simplesmente uma linda declaração de amor que ele fez para seu namorado, haja vista que para uma grande parte da população, não era necessário ele ter feito o que fez, é só viver a vida que vive normalmente, quer seja com uma mulher, que não é o caso dele, ou um homem, de sua preferência, seu Don Juan brasileiro.
A vida é feita de escolhas. Uns são heterossexuais, alguns bissexuais, outros homossexuais e uma boa parte, apenas simpatizantes.
Deus conhece o coração de cada homem e mulher.
Não cabe a nós, pecadores, julgar nosso próximo, mas apenas Deus.
“Tanto o heterossexual como o homossexual fazem parte do plano Criador. E qualquer interpretação que seja conduzida para o desrespeito ao direito do ser humano constitui crime”.
Governadora Fátima Bezerra
Na noite desta sexta-feira, a governadora Fátima Bezerra, que é uma defensora da Sigla LGBTQIA+ escreveu em seu Instagram as seguintes palavras abaixo:
“Na minha vida pública ou privada nunca existiram armários.
Sempre demarquei minhas posições através da minha atuação política, sem jamais me omitir na luta contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia e qualquer outro tipo de opressão e de violência.
O governador Eduardo Leite fez um gesto importante e tem minha solidariedade por ataques que venha a sofrer em razão de sua declaração.
Eu sei o que é a dor da discriminação e do preconceito. Os mandatos que recebi do povo, de deputada estadual, deputada federal, senadora e, agora, de Governadora do meu Estado, o RN, sempre estiveram à disposição das lutas civilizatórias.
As denominadas minorias são, por vezes, maioria da sociedade, mas pouco representadas politicamente. Tenho orgulho de sempre ter representado essa luta e consciência de que, mais do que nossa condição humana, importa à sociedade as nossas ações para transformar o mundo em um lugar melhor para viver com justiça, dignidade, e direitos iguais para todas e todos”.
Por vezes julgamos nosso próximo porque ele fez isso ou aquilo, isso faz parte de nossa natureza, já a questão de direitos e deveres, temos que respeitar também a opção de cada um.
Se o cara quer ser homossexual, a mulher lésbica, ou ambos bissexuais, até outros desejos, que vem a sua cabeça, isso está no seu interior, embora possamos concordar ou não, também não somos obrigados a aceitar, ninguém é obrigado, porém devemos ter respeito as suas decisões.
Que Deus dê a direção certa para cada um de nós, lembrando as palavras do Senhor Jesus em João 14:6 “Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
📷 Pedro Stropasolas
Por Geilson Souto
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