Óbvio: A agora ex-deputada Flordelis em discurso no Plenário, se defendeu das acusações.

Na tarde desta quarta-feira 11, a Câmara dos Deputados decidiu cassar o mandato da ex-deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público do estado do Rio de Janeiro de ser a principal mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019 na cidade de Niterói (RJ). A votação se deu em 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções. 

Para cassar o mandato de um deputado no Congresso Nacional, são necessários, no mínimo 257 votos favoráveis dos 513 deputados. 

O relator do Conselho de Ética o deputado Alexandre Leite (DEM-SP), disse que a ex-deputada Flordelis usou seu mandato para tentar coagir as testemunhas ouvidas e possivelmente ocultar as provas do crime. 

Para que Flordelis pudesse perder seu mandato, o deputado Alexandre ressaltou que a análise se limitou a fatos considerados na Câmara dos Deputados como antiéticos, isso sem entrar no mérito de quem é, ou foi o culpado da morte do pastor Anderson.

Segundo o relator Alexandre Leite, ele comprova o uso indevido do mandato pela deputada. “O que se extrai desse processo no âmbito de Conselho de Ética são os fatos antiéticos, como o uso do mandato para coação de testemunha e para ocultação de provas”, afirmou Alexandre Leite.

A ex-deputada Flordelis foi pessoalmente ao Plenário da Câmara acompanhar a discussão e decisão de seu processo e obviamente se defender das acusações. Ela reafirmou como sempre sua inocência sobre o caso. 

A agora ex-deputada Flordelis disse aos deputados: “Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente, todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada”.  

“Quando o tribunal do júri me absolver, vocês vão se arrepender de ter cassado uma pessoa que não foi julgada”, disse a ex-deputada Flordelis.

📷 Agência Câmara

Geilson Souto