O movimento dos indígenas ‘Luta pela Vida’ terá pautas para os participantes até próximo dia (28/8).
Indígenas de toda parte do Brasil começaram a chegar na Capital Federal na manhã desse domingo (22/8) e montar suas barracas e tendas na Esplanada dos Ministérios.
Embora esteja circulando imagens nas redes sociais referindo-se a grupos de apoio ao governo Bolsonaro, mas não tem nada a ver, embora, possivelmente, o movimento tenha o apoio da esquerda por trás das reivindicações e do chefe Mor dos movimentos, Luiz Inácio Lula da Silva.
Vale lembrar que o petista tem sido bem recebido por uma minoria de etnias no estado do Maranhão e de outros movimentos que vem o benzendo com rituais para o proteger do “Olho Gordo” e de “Olhos Maldosos” enquanto permanece em visita aos estados do Nordeste.
Este movimento que é democrático, está sendo organizado unicamente pela APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o mesmo manifestará atos contra a chamada agenda anti-indígena que está em trâmite nos dois poderes legislativos federais e no Governo Federal.
Em nota, a APIB apresenta pautas que serão tomadas durantes os dias que permanecerão na Praça da Cidadania.
Nesta segunda-feira (23) as atividades são dedicadas para atualizações políticas junto às lideranças de todo país.
A APIB diz que ‘Os cinco poderes’ é o nome da plenária que será realizada para promover uma análise de conjuntura sobre os poderes legislativo, executivo, judiciário e os poderes popular e espiritual.
Os dias seguintes ao julgamento vão dar espaço a debates relacionados às eleições de 2022 e ao fortalecimento das redes de apoio às lutas dos povos indígenas.
A programação do acampamento "Luta pela Vida" nos dias 24 e 25 de agosto será dedicada a discussões, atos e manifestações referentes ao julgamento, em apoio aos ministros do Supremo e contra a tese do Marco Temporal.
O julgamento favorável aos indígenas que está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e que será uma de suas pautas na próxima quarta-feira (25), poderá definir o futuro das demarcações das terras indígenas.
É bem possível que outros movimentos se unam a este, para que juntamente se levantem contra os dois principais poderes, o legislativo e executivo, no intuito de que suas pautas sejam atendidas.
Vale salientar que o período em que as delegações indígenas estão na esplanada dos ministérios terá um tempo determinado de permanência, pois outros grupos estarão indo para Brasília no objetivo das manifestações de 7 de setembro.
No último dia 9 de agosto, data que marca o dia Internacional dos Povos Indígenas, a APIB entrou com um comunicado no Tribunal Penal Internacional (TPI) para denunciar o governo Jair Bolsonaro. Pauta que também será cobrada nesse movimento.
“As peles já recebem a tinta de jenipapo, os guerreiros e guerreiras entoam seus cânticos e as barracas se erguem. É o primeiro dia do Acampamento Luta pela Vida” Disse em uma rede social a indígena do Maranhão, coordenadora executiva da APIB e eleitora fiel de Lula – Sonia Guajajara.
📷 Ed Alves/CB - Direitos Reservados
Texto de Geilson Souto
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