A cadete Emily Santos, natural de Recife, leva consigo o orgulho por ter chegado até aqui a ponto de vivenciar o mesmo sentimento das primeiras aspirantes a oficial. "A cada rito que passamos e vencemos, é, sem dúvidas, a concretização de nosso sonho, de algo maior e que transcende: ser oficial do Exército Brasileiro", finaliza a jovem cadete do 1° ano.

Neste dia 14 de agosto de 2021, momento em que 409 cadetes do 1º ano da Academia Militar das Agulhas Negras da Turma Bicentenário do General João Manoel Menna Barreto receberam a réplica reduzida da Espada de Duque de Caxias, durante a tradicional solenidade do Espadim, realizada no Pátio Tenente Moura (PTM) ficará marcada para sua posteridade.

No total, são 367 homens cadetes do sexo masculino e 42 do sexo feminino. Eles são oriundos de todo o Brasil e de Nações Amigas, sendo 210 da região sudeste, 72 da região sul, 64 da região nordeste, 38 região centro-oeste e 16 da região norte. Dos cadetes de Nações Amigas, 3 são de Camarões, 2 da Guiana, 2 de Senegal e 2 Panamá. 

Para chegarem até aqui, os cadetes do 1º ano já passaram por diversas etapas. Sendo a primeira delas, o período de nivelamento e a última a Operação Henrique Lage. Para que tudo ficasse perfeito no dia do evento, os cadetes estiveram passando por uma semana intensa de treinamento no PTM entre os dias 9 a 13 de agosto. 

A solenidade 
Realizada desde 1932, a cerimônia repete-se, anualmente, sendo considerada um dos mais significativos ritos na vida dos cadetes, quando eles trajam pela primeira vez o uniforme histórico. Instituída pelo Marechal José Pessoa, idealizador da AMAN, a miniatura da espada invicta de Caxias tornou-se o símbolo mais importante do cadete. 

Trata-se do primeiro troféu a ser conquistado pelo futuro oficial e o último a ser devolvido por ele ao Exército. A miniatura fiel, com 60 cm de comprimento, é o símbolo da honra e servidão militar dos futuros oficiais, pois representa o patriotismo, a cultura, a energia, a bravura e o altruísmo do patrono do Exército Brasileiro, Duque de Caxias. 

O cadete destaque da turma, Pedro Henrique Conegatto do Amaral, natural do Rio de Janeiro, recebeu o Espadim das mãos do presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Em seguida, os cadetes receberam de seus padrinhos e madrinhas o Espadim, e proferiram o tão tradicional juramento. “Recebo o sabre de Caxias com o próprio símbolo da honra militar”. Ao final, entoarão a canção da AMAN. 

Pandemia da COVID-19 

Por conta das diretrizes impostas em razão da pandemia da COVID-19, o evento contou, mais uma vez, com a presença restrita de convidados, autoridades civis e militares. Além disso, o tradicional Baile de gala do Espadim foi cancelado. Aos convidados, foi recomendado o uso de máscaras. Para evitar aglomeração, o público foi dividido por setores.